Aneel informa que conta de luz vai continuar aumentando
Segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica, a conta de luz ainda deve subir de preço, especialmente em 2026
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desempenha um papel essencial na regulação e fiscalização do setor elétrico brasileiro. O órgão é responsável por garantir o equilíbrio entre o fornecimento de energia e o custo para o consumidor.
A Aneel atua diretamente na definição de tarifas, na supervisão das concessionárias e na formulação de políticas que impactam milhões de famílias e empresas em todo o país. Além disso, a agência busca assegurar que o sistema elétrico opere de forma eficiente, sustentável e transparente.
Para isso, atua conciliando a expansão das fontes renováveis com a necessidade de estabilidade energética. No entanto, as recentes declarações do diretor-geral da Aneel evidenciam um cenário preocupante, que exige reflexão e planejamento sobre o futuro das tarifas e da conta de luz no Brasil.

Neste artigo, você confere:
Aneel informa que não há previsão de redução da conta de luz
A Aneel destacou que não há previsão de redução na conta de luz enquanto os subsídios aplicados ao setor elétrico não forem revistos de forma estruturada. O diretor-geral, Sandoval Feitosa, enfatizou que os custos embutidos nas tarifas crescem continuamente por causa desses incentivos.
Embora tenham objetivos importantes, acabam distorcendo o valor pago pelos consumidores. Assim, o aumento nas despesas é inevitável, já que cada benefício concedido a determinados segmentos precisa ser compensado na fatura dos demais usuários.
Durante a sessão da comissão mista responsável pela análise da Medida Provisória 1.304 de 2025, Feitosa ressaltou que a modernização do setor elétrico deve priorizar uma melhor alocação de custos e a revisão dos subsídios existentes.
Ele defendeu que a política tarifária precisa incentivar a competitividade e não transferir encargos de forma desigual entre os consumidores. A isenção de taxas para quem possui painéis solares e os incentivos regionais à instalação de fontes renováveis são exemplos de medidas bem-intencionadas.
O diretor explicou ainda que, embora a promoção de fontes limpas seja positiva, a forma atual de financiamento desses programas impacta diretamente o bolso do cidadão. O uso da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para custear os subsídios gera um efeito cascata.
Por isso, a Aneel defende uma revisão urgente dessa estrutura, de modo a conciliar sustentabilidade ambiental e estabilidade econômica. O objetivo é garantir que o consumidor não continue penalizado por políticas que, apesar de relevantes, carecem de equilíbrio financeiro.
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Colapso do setor elétrico
A Aneel alertou que o setor elétrico brasileiro caminha para um colapso caso o atual modelo de expansão e geração não seja revisto. Segundo Sandoval Feitosa, a rápida ampliação das fontes intermitentes, como a energia solar e a Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), pode comprometer a segurança do sistema.
O aumento de 36% na produção dessas fontes, equivalente a 23 gigawatts, deve reduzir a participação das chamadas fontes firmes (como hidrelétricas com reservatório, termelétricas e nucleares) de 60% para 53% até 2029.
O diretor destacou que, apesar dos avanços ambientais e econômicos trazidos pela energia solar, o sistema elétrico precisa manter um equilíbrio entre fontes firmes e intermitentes. A dependência excessiva de recursos que variam conforme o clima, como o sol e o vento, pode gerar falhas.
Sem planejamento adequado, o risco de apagões e o acionamento de usinas emergenciais, que têm custos mais altos, aumentam significativamente. Portanto, a modernização do setor deve considerar a confiabilidade do fornecimento tanto quanto a sustentabilidade ambiental.
Feitosa afirmou ainda que a redução da geração firme representa uma ameaça real à estabilidade nacional. A dependência de condições naturais, somada à falta de investimentos em infraestrutura de suporte, tende a elevar os custos de operação e, consequentemente, a conta de luz.
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Medidas para economizar na conta de luz
Diante do cenário de aumento contínuo nas tarifas, é essencial adotar hábitos que ajudem a reduzir o consumo e a conta de luz mensal. Algumas ações simples podem gerar economias significativas e contribuir para um uso mais racional da energia elétrica. Confira cinco medidas eficazes:
- Substituir lâmpadas e equipamentos antigos por modelos eficientes: troque lâmpadas incandescentes por LED e eletrodomésticos antigos por versões com selo Procel A, que consomem até 60% menos energia.
- Aproveitar a luz natural e ventilar os ambientes: abrir janelas e cortinas durante o dia reduz o uso de iluminação artificial e ventiladores. Isso mantém os cômodos mais claros e frescos, diminuindo a necessidade de ar-condicionado.
- Desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso: o modo standby continua consumindo energia. Retirar carregadores, televisores e computadores da tomada evita desperdícios invisíveis.
- Controlar o uso de chuveiros e ar-condicionado: programar o tempo de banho e ajustar a temperatura dos aparelhos pode reduzir significativamente o gasto mensal. Pequenas mudanças de hábito fazem grande diferença.
- Realizar manutenção periódica em equipamentos elétricos: verificar fiações, filtros e conexões garante eficiência no consumo e previne falhas que aumentam o gasto de energia.
Adotar essas práticas cotidianas não apenas diminui a conta de luz, mas também contribui para a preservação dos recursos naturais e para um sistema elétrico mais equilibrado. Cada ação individual fortalece o esforço coletivo por um consumo consciente e sustentável no Brasil.
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